terça-feira, 14 de outubro de 2008

Herói

Terça-feira,mais um fim de semana passou.
Domingo teve aquela tradicional reunião de família(que ultimamente anda meio ruim das pernas).
Digo ruim das pernas porque, pelo menos pra mim,as cores não são mais tão vivas, os temperos não são mais os mesmos,o clima já nao é como antes e as risadas nem tão intensas.
Tudo isso por um alguém que foi , que é e que sempre será meu grande herói.
Aquele que eu brincava,ria,chorava,pulava e as vezes até mesmo brigava.Aquele que com um olhar me dizia trilhões de palavras.Que um "bom dia", tornava minhas manhãs brandas.
Aquele português teimoso que tinha imagem de duro, mas que era um bobão sem limites.Sem limites pra voar,pra aprender,pra ensinar,pra me fazer sentir saudades...
Saudade.Palavra que só existe em nossa densa e complexa língua, que é linda de ser escrita mas que dói.... e dói muito.
Dói não pelo fato de sofrimento,sentimento esse que as vezes toma conta, mas pela simples razão de não poder TER.
Olho fotos... ahh como eu tenho fotos desse meu carequinha.De certa forma o sinto comigo, como ja disse a fotografia é a ´presença da ausência.
Sinto que uma parte de mim se foi...mas um dia eu acho devolta.
Eu precisava registrar isso,de tal forma que, passei por dor, muita dor.Precisei ferir minha pele, era necessário uma "auto-afirmação", uma homenagem.Um registro que levarei comigo até pra dentro do caixão...
Sinto saudades,sinto amor, o verdadeiro e mais puro amor, mas ainda sim um pontinho de tristeza.
Pra aqueles que não sabem de quem eu falo, Mário meu amado avô , que pra sempre levarei comigo no coração , na mente e na alma...




"Vô eu te amo pra toda a eternidade".

2 comentários:

boo :~~ disse...

Me arrepiei com o texto, de verdade. Muito sentimento, sinceridade. Ficou ótimo, ótimo mesmo. Sinto que vocês são ligados Gui e isso é muito mágico. Com certeza você é e continuará sendo um orgulho.

Danielle Gomes. disse...

Tem coisas que são mais que sangue, mais que presença física, mais que espaço e tempo. Você resumiu em um texto, a maior complexidade de nossas vidas, a perda. E não a perda material, banal. Mas sim, a perda real. Aquela que fere, que dói não importa quão longe se faz, quantos anos se passem... mas que é também uma perda quenos consede a esperança da volta, a premissa de que coisas assim, que um heroismo assim, não tem fim jamais.

Me arrepiei com o texto, de verdade. Muito sentimento, sinceridade. Ficou ótimo, ótimo mesmo. [2]

E em suma, você escreveu exatatmente tudo que eu tento expressar a 8 anos, desde que eu 'perdi' o meu herói. Obrigada, Guizão. (L)